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   A farmacognosia é o ramo mais antigo das ciências farmacêuticas e tem como alvo de estudo os princípios ativos naturais, sejam animais ou vegetais. Apenas a partir de 1815 foi introduzido o termo farmacognosia, que deriva do grego pharmakon (fármaco) e gnosis(conhecimento). Este termo foi usado pela primeira vez pelo medico austríaco Schmidt em 1811. A farmacognosia é disciplina obrigatória nas Escolas de Farmácia do Brasil a partir de 1920, sendo uma das maiores áreas do conhecimento farmacêutico.

 

 Trata-se de uma disciplina exclusiva e característica da graduação farmacêutica que engloba conhecimentos multi e interdisciplinares como a Farmacobotânica, os diferentes campos da Química, a Microbiologia, a Bioquímica, a Química Farmacêutica, entre outros. Todo este conjunto de conhecimentos é aplicado, por meio da Farmacognosia, ao estudo e à investigação dos produtos naturais, sejam estes vegetais ou animais, que tenham interesse farmacológico ou farmacotécnico.

 

   A definição mais ampla de farmacognosia: “é a aplicação simultânea de varias disciplinas cientificas com o objetivo de conhecer fármacos naturais sob todos os aspectos”. Ou ainda, a farmacognosia é uma ciência multidisciplinar que contempla o estudo das propriedades físicas, químicas, bioquímicas e biológicas dos fármacos ou dos fármacos potenciais de origem natural assim como busca novos fármacos a partir de fontes naturais.

 

   No Brasil, devido à sua grande biodiversidade vegetal, os centros e instituições de pesquisa que atuam em Farmacognosia concentram seus estudos e trabalhos na avaliação de plantas medicinais ou potencialmente medicinais, fazendo do estudo destes vegetais de interesse farmacológico o foco de concentração da Farmacognosia brasileira. Entretanto, vários pesquisadores dedicam seus esforços à pesquisa de produtos naturais de outras fontes, como animal e marinha, além da pesquisa de processos de transformação de biomassa em produtos de interesse farmacêutico e/ou industrial por meio de métodos biotecnológicos.